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O segredo para manter a autoestima na gravidez


Grávida e Feliz - Foto: Getty Images

Fatores hormonais, às vezes, podem “derrubar” qualquer gestante. Veja como driblar esse efeito Autoestima durante a gravidez é um assunto bastante polêmico. Ok, a gente sabe que esse é um dos momentos mais mágicos da vida, mas no dia a dia, na vida real, a sensação pode ser bem diferente – e não apenas por uma questão física. Para Bianca Justiniano, 35 anos, tradutora, mãe de Francisco, 3, e grávida de 7 meses, a parte mais “chatinha” é o começo da gestação, quando a barriga ainda não está definida, mas você já começa a ganhar peso. “Me sentia gorda e não grávida. Mas depois que a barriga despontou, lá pelo final do quarto mês, foi mais fácil. Mesmo assim, minha autoestima oscila um pouco. Tem momentos que me sinto ótima! Outras vezes, me sinto feia e com saudades de usar algumas roupas que, obviamente, não estão servindo nesta fase”, revela. Tem um lado bom, segundo ela. “Acho que as pessoas tendem a ser mais carinhosas com as grávidas em geral, e isso ajuda bastante”, explica. Já no caso de Clarisse Medeiros, 32 anos, publicitária, mãe de Raul, 4 meses, o físico não foi um problema, mas sim a mudança no relacionamento com as pessoas. “O que fazia eu me sentir mal-amada era o ‘isolamento’, a restrição da vida social. Seus amigos não te chamam muito para sair, rola um tédio. Eu senti solidão, que mexeu muito mais com a cabeça do que as questões do corpo”, confessa. Ela conta que, no começo, teve medo de estrias e muito ganho de peso. “Mas acabei ganhando só 5 kg na gravidez inteira e nenhuma estria apareceu, então a cabeça acabou ficando mais tranquila”, afirma. Tanto a mudança física de Bianca, como emocional de Clarisse (e de muitas outras mulheres) podem interferir na autoestima de uma grávida. Diante disso, ainda há a mudança no ciclo de vida, de se tornar mãe. “A gravidez é um período de mudanças físicas e psicológicas, variações hormonais, incertezas sobre o futuro, oscilações no humor... Isso tudo pode causar momentos de ansiedade e estresse”, explica o psicólogo Luciano Passianotto. Como ele pontua, a espera pelo primeiro bebê costuma ser a mais impactante, pois é quando há uma reflexão sobre sua própria identidade, deixando de ser filha e passando a ser mãe. Ainda de acordo com o especialista, ajuda bastante se a mulher se preparar para o que está por vir antes mesmo de engravidar. O primeiro ponto é o de se conscientizar sobre a transitoriedade do período de gestação. “Ela tem de entender que, embora seja necessário um período de adaptação após o parto, essa fase é temporária e que tudo poderá ser retomado após a gravidez”, esclarece o especialista. A gente sabe que ganho de peso, inchaço dos seios e retenção de líquidos costumam liderar a lista dos fatores físicos que alteram a autoestima. Por isso é importante manter uma frequência de atividades físicas apropriadas para cada fase da gestação, acompanhada por um profissional. “Ela também deve manter sua rotina de cuidados pessoais, como ir ao salão de beleza, e evitar mudanças drásticas na aparência, especialmente nos cortes de cabelo. Aproveitar os mimos da família e manter a rotina sexual também ajuda bastante a manter a autoestima lá em cima”, acredita Passianotto. Para Quezia Bombonatto, psicopedagoga e diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPP), a mulher deve sempre se conectar com o significado de uma gravidez. “Agora, há uma vida dependendo dela. É fundamental sentir a capacidade de poder gerar uma criança, o quanto aquela gravidez a torna mais completa em termos biológicos. Isso pode fazer a mulher olhar não para as dificuldades e, sim, para as possibilidades que ela está tendo. É uma forma da mulher poder olhar para as transformações de seu corpo de uma forma agradável e sentir-se bonita”, finaliza.


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